Ao contrário do que dizem por aí, não é a família tradicional que está sob ameaça da fúria progressista. É a famelga, aquele grupo alargado de parentes próximos, primos em segundo grau e compadres que se costuma reunir em assembleias periódicas para o que designam de “comezainas”
Se a anterior legislatura ficou marcada pela “vergonha”, palavra mil vezes repetida por André Ventura, esta ameaça ficar conhecida como a legislatura do queixume. Ou do Queixo-me
Um acordo é um entendimento? Um penálti depende da intensidade? O Zé do Instagram estava de casamento marcado com Margarida Corceiro? Se não há pacto, come-se pato?
Como no Grande Cisma do Ocidente, este é o tempo em que temos dois primeiros-ministros, um demissionário e o outro indigitado, um prestes a sair, o outro prestes a entrar
A verdade é esta: não conseguimos viver muito tempo sem eleições. São o oxigénio da nossa democracia, a alegria do povo, mesmo quando o povo se zanga e não vota como mandam as regras, de cima para baixo
Em plena campanha eleitoral, na febre dos comícios que assola o país, o político comicieiro é o que tem mais a ganhar. Mas qual será o mais comicieiro dos candidatos?
O que tem um jogo da liga portuguesa em Moreira de Cónegos que ver com um venerando patriarca romano? Depende do verbo que se escolhe para palavra da semana
Na última semana, graças aos debates eleitorais, fomos expostos à raimundivisão, uma maneira muito raimunda de olhar para o confronto político e a realidade em geral
Debatem leve e insistentemente, como quem chama pelo eleitor, à procura do voto perdido ou para confirmar o voto garantido. Ninguém resiste a um bom debate, mas quem é que aguenta tantos debates?